quinta-feira, 6 de setembro de 2007

LUCIANO PAVAROTTI (1935-2007)

O tenor italiano Luciano Pavarotti, considerado por muitos o maior cantor lírico de sua geração, morreu na madrugada desta quinta-feira, aos 71 anos de idade.
Histórias pouco conhecidas do fenômeno Pavarotti
Luciano Pavarotti era um fenômeno: Tinha uma voz poderosa, instintiva, um homem repleto de contradições.
De acordo com a sua biografia , ajuda a explicar o mito Pavarotti. O livro de Breslin, The King and I (O Rei e Eu, lançamento somente em inglês )
São histórias de vaidades, de relacionamentos frustrados com secretárias, da avidez cada vez maior por dinheiro, da rivalidade com colegas. É também o conto de uma fila enorme de exageros: lá pelas tantas, a gente fica sabendo que todo um restaurante de Módena foi levado para a China (fogões, geladeiras, cozinheiros, ingredientes etc.) porque o tenor tinha medo de não encontrar nada que prestasse para comer em sua ida a Pequim...
Juntamente com a polêmica a respeito de seus casos com secretárias, a separação da mulher e o novo casamento com uma mulher 35 anos mais nova, ou sua famosa briga com o fisco italiano - na década de 90, ele devia algo em torno de US$ 10,5 milhões em impostos atrasados -, houve um momento em que bater na voz de Pavarotti tornou-se o esporte preferido de críticos mundo afora.
É claro que ele ajudou. Cantou com U2, Mariah Carey, Tom Jones, Sheryl Crown, Ricky Martin, em concertos nos quais está claramente desconfortável.
IMPOSTOS: "Luciano me mandou ir a Washington para encontrar o presidente dos EUA. Eu deveria dizer a ele que seria correto liberar cantores de ópera do pagamento de impostos. "Ah, mesmo?", eu disse. "E por quê?" "Bem", explicou Luciano, "porque estamos fadados a uma carreira curta". A carreira de Luciano foi tão curta que ele esteve nos palcos por mais de 40 anos. Claro, ele poderia argumentar que não estava trabalhando tanto assim em parte desse tempo, talvez sua carreira tenha sido mais curta que a de outros. Mas isso com certeza não estava refletido nos seus ganhos."
CACHÊS: " A preocupação de Luciano com o soldi, dinheiro, passou a superar outras coisas, como aprender a música ou ensaiar seus papéis. O que acontece quando muito dinheiro entra na história é que você começa a acreditar que deve ser alguém realmente especial. Você começa a acreditar na sua própria publicidade. E, se você é tão bom, não precisa trabalhar duro. Foi isso que aconteceu com Luciano. Tudo o que ele queria, conseguia. E o desafio passou a ser descobrir quanto conseguiríamos."
LETRAS: "Para Luciano, a parte mais difícil sobre ensaiar nada tinha a ver com entender as motivações do personagem. Ele não era um intelectual. Não era alguém que, ao preparar o Otello de Verdi, iria ler Shakespeare. Para Luciano, a pior parte era decorar as letras. Nunca entendi isso. Quantas vezes você pode cantar O Sole Mio e ainda precisar de alguém soprando a letra?"
MULHERES: "Nunca encontrei uma mulher que se incomodasse com os avanços de Luciano. Para ser honesto, não estou convencido de que se tratava de sexo. Sei que ele queria mas é muito difícil dizer quanto ele realmente conseguia. Ele tinha suas namoradas, mas o que acontecia, eu não sei. Algumas mulheres contam que foram convidadas para jantares. Às vezes, ele tinha quatro ou cinco mulheres à sua volta, jantando, e depois ia para a cama sozinho. Apenas comida, nada de sexo. No universo de Luciano, são essas as prioridades".
TRÊS TENORES: "Os rumores eram de que a (gravadora) Decca pagou US$ 1 milhão para Luciano. Foi US$ 1,5 milhão. Não acredito que a Decca tenha dado isso a Plácido ou José. Mas eles devem ter dado algo a Plácido. Ele nunca ficaria quieto sabendo que Luciano estava recebendo algo por fora e ele não. Os concertos dos Três Tenores eram amigáveis na superfície, mas a atmosfera nos bastidores não era exatamente de confiança."
POP: "O problema com os concertos Pavarotti & Friends é que Luciano não é um cantor pop, não sabe como cantar essa música. E, ao lado daquelas estrelas do rock, murmurando canções, checando as letras de cinco em cinco segundos, ele parece um palhaço."
Pavarotti e Bono - Ave Maria - Baixar
Pavarotti e Bono - Miss Saravejo - Baixar
1. Donna È Mobile
2. Che Gelida Manina
3. E Lucevan Le Stelle
4. Nessun Dorma
5. Una Furtiva Lagrima
6. M'appari
7. Fleur Que Tu M'avais JetÉE
8. Vesti La Giubba
9. Di Quella Pira
10. Caruso
11. Mattinata
12. Aprile
13. Core 'Ngrato
14. Danza
15. Volare
16. FuniculÌ - FuniculÀ
17. Torna A Surriento
18. 'o Sole Mio!
Senha :Em Comentários

3 comentários:

Evaldo Costha disse...

SENHA / PW = rayofusion

Anônimo disse...

Meu neto, como usuário desta página, leu as informações e veio questionar-me a veracidade... Sou estudioso de música lírica e acompanho a carreira de Pavarotti há muitos anos... Tenho a obrigação de informar que as impressões passadas nos comentários acima não correspondem em NADA à verdadeira história deste senhor... Muito criou-se na mídia, alguns episódios realmente aconteceram (como o dos impostos), mas a proporção dada, influenciou demais o julgamento, haja vista ser ele notícia sempre... Quanto à relação com Carreras e Domingos, não passa de balela essa rivalidade, tanto que Carreras é padrinho de sua filha caçula... Pavarotti também nunca mostrou contrariação em participar de eventos com Deep Purple ou U2, assim como Barry White ou Mariah Carey, como induzem a acreditar. Acredito ser um imenso equívoco essa matéria: seu papel social sempre foi de marcante e incontestável importância para obras sociais, e fazer crer que não passava de obrigação para ele é macular um dos maiores artistas do século XX.

Romero Lopes Arniccheda
Maestro, Produtor Musical e Livre Docente em Música Clássica e Canto Lírico pela Universidade de Gênova

Anônimo disse...

Todas essas informações está publicada no livro de Breslin, The King and I (O Rei e Eu, lançamento somente em inglês )
Eu acho que o anonimo é que está equivocado.